O ano de dois mil e vinte, já entrou para a história como o ano dos acontecimentos inéditos, e em especial para o povo brasileiro. Um ano de turbulências políticas onde o principal estopim das discórdias está exatamente no topo da pirâmide do poder.

Em outra dimensão, se estivéssemos vivendo os tempos da normalidade, o país estava em plena agitação das campanhas políticas, por estarmos em pleno ano de eleições municipais. Ao contrário disso, o povo brasileiro vive um momento de incertezas e confinamento social.
Como se não bastasse os descréditos impregnados na classe política, um certo CORONAVIRUS ameaça a vida e a paz social em pleno final de maio, quando registramos meio ano de prejuízos sociais e econômicos.
São milhares de vidas que já se foram no país e milhões de desempregos que dificilmente serão recuperados. Enquanto isso a reorganização do país para o novo ano depende dos resultados das eleições municipais.
Eleições municipais das quais pouco se fala, enquanto o tempo corre e o TST, a princípio, descarta qualquer possibilidade de prorrogação dos mandatos dos agentes políticos atuais.
Enquanto as autoridades encontram uma saída para a realização do pleito as campanhas eleitorais borbulham nos bastidores e em silêncio. Será um outro fato inédito que o ano do trágico CORONAVIRUS tende a deixar como registro na história. As campanhas do silêncio.
Pois se a tendência da Justiça Eleitoral já estava caminhando para encurtar o tempo do blá blá das campanhas eleitorais, por certo, em 2020 os candidatos ao legislativo municipal e ao executivo nos municípios brasileiros deverão ter muito pouco tempo para botarem o bloco na rua.
Por outro lado, sairão na frente aqueles que já estão por aí em suas campanhas silenciosas. Tudo indica que os tempos são outros e as eleições de 2020 serão marcadas como as eleições das campanhas silenciosas.
Por Lira Netto