
Quem conheceu Apiacás quando ainda era uma “currutela de garimpo,” permeada de barracos de lona e cercada de matas por todos os lados, também não esquecerá fácil da luta de seus habitantes no sonho de transformar aquela humilde vila numa cidade.

Citar nomes aqui seria cometer o pecado de deixar de fora algumas pessoas digna de recordação. No entanto, como humanos não somos também obrigados a lembrar de tudo, após os surgimentos de nossos cabelos brancos.

Ao traçar este texto tenho a grata satisfação de lembrar, como eram aqueles tempos e quantos sonhos eram vividos por aquele povo.
Milhares de pessoas e famílias oriundas dos mais equidistantes rincões do Brasil tinham, em Apiacás a esperança de “bamburrarem” e darem um novo rumo as suas vidas, com as possíveis pepitas do ouro aluvionar que eram extraídos de suas diversas grotas.
Paraenses, maranhenses, piauienses, goianos, paulistas, pernambucanos, paraibanos, cearenses, capixabas, mineiros e até estrangeiros povoavam o Eldorado apiacaense.
Dentre os muitos que poderiam ser citados, e o serão, num momento oportuno, numa série de artigos que pretendemos escrever sobre esta amável cidade. Começo com seu Du. Ou melhor, o pioneiro Augusto dos Santos Neto.

Pioneiro, homem humilde, comerciante e na sequencia pecuarista, que colocou seu nome a disposição, para a disputa do primeiro mandato de prefeito. Quando depois de uma longa jornada e de muitos altos e baixos, em fim, a comunidade conseguiu se emancipar.
Auxiliado pelo até então, também pioneiro e de dom para a diplomacia, ele foi acompanhado de Brucce Vincenzi, o Duda Mendonça do Vale do Alto Tapajós.
Brucce Vincenzi, proprietário do Hotel Serra Dourada, que até então ainda não sei o segredo do nome, daquele recanto acolhedor, foram eles os primeiros mandatários do hoje pujante município de Apiacás.
Depois de fazer estas primeiras referencias ao promissor município de Apiacás. Dou um salto na história para fazer justiça ao título deste artigo.
Lembrando, que novamente estamos nos aproximando de mais uma eleição municipal no Brasil. Diante do que achei por demais interessante. Eis, que surge um então provável pré-candidato, filho do senhor Augusto dos Santos Neto. Mas precisamente conhecido como seu Du. O Júlio da Papelaria.
Certo é, que esse moço era bem menino, quando seu pai se doou por essa cidade. Tenho a grata satisfação de escrever este artigo, fruto de minhas memórias de uma região a qual dediquei 18 anos de minha vida como servidor público, mesmo residindo em Alta Floresta.
Ter participado da emancipação da cidade de Apiacás como representante do Judiciário da Comarca de Alta Floresta, cidade mãe. Faz parte relevante de nossa história e por isso, me reportando a seu Du. O Primeiro Prefeito de Apiacás, imagino sua satisfação em contemplar a coragem de seu menino, em repetir a coragem de seu pai.
Ter participado ativamente do nascimento desta cidade, nos dá a sensação de ter participado do parto de uma filha. É assim que nos sentimos. Grato a Deus por nos conservar com saúde e com estas boas memorias.
E ao relembrar da história de Apiacás, lembramo-nos do Saudoso Waner Mech, de Carlos Rabecini, de Silda Kochemborger, do corajoso Tião Fera, e do inesquecível pioneiro, Brucce Vincenzi, primeiro vice-prefeito e um dos iniciadores desta cidade. Todos estes pioneiros que tem seus filhos com DNA de Apiacás. Qualquer um deles poderiam está contemplando esse momento.
Mas pela informações que chegaram, portadas pelo nosso papagaio do repórter, parece que o seu DU vai ser o protagonista desta façanha. Quem sabe vendo um filho prefeito, da cidade que ele iniciou.
Esperamos que outros nomes de pioneiros apiacaenses também estejam dispostos a dar continuidade aos sonhos deste povo. Dando sequencia ao bom trabalho que os que amam essa terra vêm semeando.
Como dois exemplos a serem citados, por que temos de ser justos. Lembrando, as gestões de Silda Komchemborger e Adalto Vago. Sem qualquer demérito aos demais gestores que governaram Apiacás.
Parabéns seu DU. Se estes fatos se concretizarem, o senhor estará nada menos, que colhendo os frutos de sua semeadura. Por que desde que o conheci, não há como conversar com seu DU, sem lembrar a história de Apiacás. Se os boatos se concretizarem, boa sorte a seu menino Júlio. Pela origem de uma família, da qual Apiacás pode se orgulhar.
Por Lira Netto