
Antes de traçar algumas linhas em que meu espirito patriota me instiga a registrar, quero esclarecer, que há alguns meses e por que não dizer, há mais de um ano, me submeto em aceitar a condição de um brasileiro apolítico.
Embora procurando as trilhas de um autodidata, me sinto um apaixonado pela ciência política. POLITICA; a ciência que governa os povos, algo que enaltece a relação entre os povos é a condição de uma democracia consolidada. O Brasil segundo as expectativas do mundo que o cerca parecia caminhando para essa consolidação.
Ocorre, que diante dos diversos momentos difíceis e de comportamentos desencontrados em sua cultura social e política, no decorrer dos últimos embates eleitorais estamos a registrar uma estagnação e fatos muito desencontrados para o avanço de um país continental, do qual se espera um comportamento à altura de um Estado regido por um sistema Democrático de Direito.
Um Estado Democrático de Direito, pelo que se entende deve ter seu pilar fundamental baseado no respeito as suas leis legais e em especial a sua Constituição. E o mínimo que se espera é que quando estas leis não estiverem mais a altura de corresponder às expectativas da nação, que elas sejam legalmente modificadas. Mesmo a Constituição. Portanto jamais desrespeitadas.
O último dia sete de setembro, um dos maiores feriados cívicos da nação brasileira, foi de forma surpreendente tão propagado e adornado por segmentos sociais e corporativistas do Brasil que até parecia que outro nunca tivera existido.
O dia da pátria brasileira foi mais que esperado por certos segmentos da sociedade, como um dia em que outro igual nunca teria existido. Lamentavelmente, com um tom de ameaças de confrontos entre poderes constituídos e com discursos instigadores a banalização do descumprimento das leis legalmente em vigor.
Sob esse indesejável ponto de vista, o sete de setembro de 2021, quando comemoramos o 171º ano da Independência do Brasil, foi realmente inédito. Pela Primeira vez em sua história, os brasileiros tiveram que suportar de forma vergonhosa um discurso do chefe maior da nação instigando os filhos dessa pátria a não cumprirem decisão Judicial.
Não sendo porém, a primeira vez que o atual mandatário maior do Brasil nos envergonha a nível internacional. Além de que cria entre seus governados uma das maiores inseguranças já vivenciadas por essa nação.
Aos que sonham com a independência econômica, social e cultural do Brasil entre as relevantes nações do mundo, no mínimo devem ter sentido o sinal que que não estamos caminhando bem e que em nossa direção pode estar surgindo o despontar de mais do que uma tempestade. Talvez um tsunami de proporções ainda não calculável.
Logo no início deste governo, nos aventuramos em escrever algo parecido com este artigo, em que visualizamos o Brasil como um barco à deriva cujo capitão que o assumia era a nossa maior esperança. Passando-se mais de dois anos em mar aberto e voltando a observar de longe a trajetória deste barco a impressão que temos é que esta enorme embarcação chamada Brasil, continua a deriva e sem rumo.
O que nos resta dizer e desejar ainda é que neste momento tão crucial para o Brasil, sucumba a hipocrisia dos homens e recaia sobre esta nação a misericórdia de Deus. Para que assim não tenhamos em um tempo muito breve, derramamento de sangue inocente. Deus salve o Brasil!
Por Lira Netto